O Banco do Brasil anda tirando o sono dos candidatos a vereador do Rio. Nesta terça-feira (20), quinto dia de campanha, muitos ainda não conseguiram abrir a conta bancária. E, sem ela, não podem receber doações nem fazer pagamentos. A mazela atinge vários partidos.
Diferentemente dos anos anteriores, o BB não está aceitando a abertura de conta de forma presencial. Para evitar as longas filas, o banco estatal apelou para o digital — e a inteligência artificial. O candidato precisa acessar um programa e fazer uma selfie. O sistema está levando até 72 horas para avisar que… o candidato não passou pelo reconhecimento facial.
“Está sendo, de longe, o pior ano. Os candidatos tem registrado muitos problemas, especialmente os que têm mais dificuldades com o sistema digital”, conta Juan Leal, presidente municipal do PSOL, que levou uma semana para abrir a conta do diretório municipal.
Fila de candidatos que não podem começar a campanha
João Maurício, presidente estadual do PT, também relata muitas reclamações. Ele conta que está orientando os candidatos a procurarem outros bancos. Na agência do Banco do Brasil da Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio, havia, à tarde, uma fila de políticos tentando achar uma solução para o problema.
Segundo tesoureiro do PSD, o ex-deputado Luiz Carlos Ramos do Chapéu visitou a Câmara do Rio nesta terça-feira (20) e não escapou. Cada vereador que entrava, ia reclamar com ele sobre as dificuldades em abrir a conta. Mesmo quem não é do partido. Até o seu rebento, Luiz Ramos Filho (PSD), fez a selfie várias vezes e o sistema não aceita. Mas ele tem uma explicação.
Nas fotos do documento de identidade, está bochechudo e de cabelos pretos. Agora está magro e de cabelos pretos com luzes grisalhas e acaju.
Provavelmente, o robô do BB acha que não se trata da mesma pessoa…