Conhecido como encrenqueiro nas imediações do Largo da Carioca, o deputado estadual Renan Jordy (PL) anda mais tranquilo e calado do que nunca no plenário da Assembleia Legislativa. Desde que o irmão, o deputado federal Carlos Jordy (PL), chegou ao segundo turno das eleições em Niterói contra Rodrigo Neves (PDT), Renan parou de gritar e provocar os coleguinhas mais alinhados com a esquerda.
Carlos Jordy, por sinal, também suavizou o discurso. No debate desta segunda-feira, promovido pelo site de notícias g1, o moço usou um tom de voz moderado em todos os embates com Rodrigo Neves.
É a versão Jordyzinho Paz e Amor.
Renan Jordy, o rei da quinta série em plenário
Jordy, o Renan, é suplente do PL e assumiu a vaga na Alerj em maio. Desde então, tem protagonizado tretas ao melhor estilo quinta série em plenário. Em quase todos os seus discursos, costuma provocar Verônica Lima (PT) e Flávio Serafini (PSOL) — dois deputados de esquerda com base eleitoral em Niterói.
Mas, em setembro, o caldo quase entornou. O deputado Renato Machado (PT) não gostou nada quando o moço, na defesa da concessão da Medalha Tiradentes a Jojo Todynho — a nova queridinha dos bolsonaristas — chamou os parlamentares do PT e do PSOl de “claque esquerdista”.
“Gostaria de prestar minha solidariedade à Jojo Todynho, que saiu da senzada ideológica. PT, PSOL, essa claque esquerdista. Eles odeiam todos aqueles que pensam ao contrário, verdadeiros escravocratas do século XXI, senhores de engenho, capatazes de quem tem pensamento contrário”, esbravejou.
Machado respondeu à altura.
“Quando você se dirige à ‘claque’, está me incluindo. Você me respeite. Se quiser arrumar problema pessoal comigo, você arruma lá fora. Me chama de claque lá fora”, bradou.
E tanto o moço aprontou que o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), perdeu a paciência com as tretas e ameaçou levar Renan ao Conselho de Ética. Ou pedir ao governador Cláudio Castro que demita um dos deputados do PL que estão como secretários estaduais. Assim, Jordy voltaria à condição de suplente.
“A gente está em um bom convívio de quase dois anos sem problema algum”, disse Bacellar.