O presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), perdeu a paciência com o deputado Renan Jordy (PL) devido às constantes tretas envolvendo este, no plenário da casa. O episódio mais recente aconteceu nesta quarta (4), quando houve troca de xingamentos com Flávio Serafini (PSOL).
Após ser provocado por Luiz Paulo (PSD), durante a sessão plenária desta quinta-feira (5), Bacellar afirmou que convocará, na semana que vem, uma reunião no Colégio de Líderes para tratar do tema.
O presidente da Alerj ainda deixou claro que, em caso de reincidência, levará Jordy ao Conselho de Ética e pedirá ao governador Cláudio Castro que demita um dos deputados do PL que estão como secretários estaduais. Assim, Jordy retornaria à condição de suplente.
“Se esses fatos persistirem, vou encaminhar direto ao Conselho de Ética e, inclusive, levar ao governador que retire a suplência e retorne o deputado titular. A gente está em um bom convívio de quase dois anos sem problema algum”, disse Bacellar.
Jardim de infância
Além disso, o presidente puxou a orelha de Serafini pelo episódio de quarta. Por fim, classificou as discussões, que na maioria das vezes acontecem durante o Expediente Final, como “jardim de infância”.
“Todo episódio reiterado o deputado Jordy está no meio. Por vezes o deputado Serafini também. O Colégio de Líderes vem para a gente dar o direito à ampla defesa. Se eu tiver que ficar aqui até o expediente final para cuidar de jardim de infância, realmente não dá”, emendou.
Luiz Paulo cobra civilidade
Responsável por levantar o assunto, Luiz Paulo cobrou que os deputados tenham um comportamento civilizado. O parlamentar também lamentou as constantes trocas de ofensas durante as sessões.
“‘Canalha, bandido’ viraram rotina aqui. Foi anteontem, ontem se repetiu. Estou fazendo um apelo para que esse comportamento volte aos termos civilizados”, apelou.
Perfil incendiário
Desde que assumiu o mandato, em maio deste ano, Renan Jordy — irmão do deputado federal e candidato a prefeito de Niterói Carlos Jordy (PL) — deixou claro seu perfil incendiário.
Em sua primeira sessão, depois que Verônica Lima (PT) defendeu o resultado econômico do show da Madonna no Rio, Renan Jordy pediu a palavra, deu as costas para Pedro Brazão (União), que presidia a sessão, e disparou contra os colegas.
“Chego hoje para dar voz a 36 mil pessoas que têm asco e ódio contra tudo isso que causa destruição do tecido social, agride a família, e a liberdade. O que vocês fazem é achincalhar a população fluminense. Vocês ganharam aqui hoje mais um inimigo”, disse Renan, na ocasião.