Em discurso no fim da manhã deste domingo (16), na manifestação em Copacabana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que sair do Brasil não é uma possibilidade e pediu que, caso algo aconteça com ele, seus seguidores continuem lutando. Bolsonaro voltou a se defender das acusações de participação em planos para um golpe de Estado que o tornaram inelegível e a questionar o resultado das eleições de 2022, nas quais foi derrotado pelo presidente Lula (PT).
“Não vou sair do Brasil. A minha vida seria muito mais tranquila se eu estivesse ao lado deles. Não posso estar ao lado dessas pessoas. Não tenho obsessão pelo poder, tenho paixão pelo Brasil. Se algo acontecer comigo, na covardia, continuem lutando”, afirmou.
Eleições de 2022
O ex-presidente fez uma retrospectiva do período eleitoral de 2022, mencionando que seu movimento teve grande adesão em todo o Brasil, com enormes multidões, incluindo no 7 de setembro no Rio, que, segundo ele, contou com mais pessoas do que no evento atual. Também destacou o apoio do setor agropecuário e afirmou que os cristãos estavam amplamente alinhados com sua candidatura.
No entanto, Bolsonaro levantou a questão da derrota nas urnas, questionando publicamente a possível explicação para a perda. “Mas por que perdemos as eleições?”, destacou, e afirmou que, caso fosse convidado para um programa de três horas ao vivo na televisão, gostaria de dedicar 30 minutos para falar sobre o Brasil e discutir as investigações da Polícia Federal.
Anistia
O evento, organizado pelo pastor Silas Malafaia, tem como objetivo defender a anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Bolsonaro também enfatizou o pedido de anistia, chamando a prisão dos envolvidos de injustiça.
“Hoje está sendo um dos dias mais difíceis da minha vida. Pois vamos falar aqui sobre a vida de inocentes. Sobre a vida de pessoas que estão sendo injustiçadas. Jamais esperava um dia estar lutando por anistia para pessoas de bem. Para pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade”, afirmou.
O ex-presidente e os governadores Cláudio Castro (PL), do Rio, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, estão no trio, enquanto os manifestantes se espalharam pela Avenida Atlântica.
Atendimentos do Corpo de Bombeiros
Durante o discurso, o ex-presidente precisou interromper sua fala ao perceber que alguém havia passado mal entre os manifestantes. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, mais de 50 pessoas foram atendidas no local, a maioria mulheres, e os atendimentos ocorreram principalmente devido ao forte calor.
Além de Bolsonaro, diversos vereadores e deputados marcaram presença no evento. Entre os vereadores do PL na Câmara do Rio estavam Carlos Bolsonaro, Diego Faro, Dr. Rogério Amorim, Fernando Armelau, Paulo Messina, Rafael Satiê e Poubel. Da Alerj, estiveram presentes Alan Lopes, Alexandre Knoploch, Delegado Carlos Augusto, Filipe Poubel, Índia Armelau, Renan Jordy, Thiago Gagliasso e Márcio Gualberto.