A Polícia Civil afirmou, nesta sexta-feira (17), que, com o cumprimento dos quatro mandados de prisão da “Operação Verum”, a Delegacia de Consumidor (Decon) encerrou a primeira fase da investigação que apura os falsos laudos emitidos pelo laboratório PCS Saleme. Pelo menos seis pacientes transplantados foram infectados com o vírus HIV.
Atualmente, em sua segunda etapa, os agentes analisam documentos e dados obtidos a partir do cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de outras diligências realizadas. A investigação continua em andamento. Além da Civil o caso também está na mira da Polícia Federal (PF).
A Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor) solicitou à Fundação Saúde documentos referentes à contratação do laboratório PCS Saleme para a realização de exames para transplantes. A especializada abriu inquérito para investigar as denúncias.
Quatro presos
Na segunda-feira (14), foram presos Walter Vieira, sócio do laboratório e tio do ex-secretário de Saúde e deputado federal Dr Luizinho (PP-RJ), e Ivanildo Fernandes dos Santos, funcionário da empresa. No dia seguinte, a técnica de laboratório do PCS Lab Saleme, Jacqueline Iris Bacellar de Assis, que estava foragida, se entregou à Polícia Civil.
Por fim, na tarde deq uarta-feira (16), o biólogo do laboratório, Cléber Oliveira dos Santos, o último foragido da Operação Verum, foi preso. Ele é apontado pela defesa de Walter Vieira como o responsável pelo erro em laudos que permitiram que órgãos contaminados com o vírus HIV fossem encaminhados para transplante.