O laboratório PCS Lab Saleme, interditado devido ao caso de seis pacientes que foram infectados com HIV depois de realizarem o transplante de órgãos, atendia mais 10 unidades de saúde do governo do estado. O primo do deputado federal ex-secretário de Saúde Doutor Luizinho (PP-RJ) é um dos sócios do PCS Lab.
De 2022 até setembro de 2024, o valor empenhado pela Secretaria de Saúde em contratos com a PCS Lab era de R$ 21,5 milhões. Segundo contrato, o laboratório prestava serviços de análises clínicas e patológicas, com exames de sangue e de identificação de doenças como toxoplasmose, hepatite, sífilis e até câncer.
A média mensal de exames laboratoriais realizados por todas as unidades da rede é de mais de 69 mil análises. Somando as análises patológicas, que incluem biópsias em caso de câncer e outras doenças, o número pode chegar a 73 mil.
Eram atendidos pela PCS Saleme os hospitais estaduais Anchieta; Carlos Chagas; Eduardo Rabelo; Santa Maria, o Instituto Estadual de Cardiologia, o Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária, o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, o Instituto Estadual de Doenças do Tórax, o Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro, além do Hemorio e da Central de Transplantes.
Novos testes
O Hemorio está realizando testes em outros 288 doadores para verificar se há mais casos. Ainda de acordo com a Bandeirantes, que revelou o caso, é possível que o número de infectados chegue a 600. O laboratório PCS, responsável pelos testes feitos após as mortes dos doadores, foi fiscalizado pela Anvisa e interditado.
O incidente é apurado por Ministério da Saúde, Ministério Público do RJ (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj), além da Polícia Federal.
Com informações da TV Globo