O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou, nesta terça-feira (22), seis pessoas, entre sócios e funcionários do laboratório PSC Saleme, investigado por uma série de irregularidades, entre elas os erros em laudos de sorologia que resultaram nos transplantes de órgãos infectados com HIV.
Entre os sócios denunciados está Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, que teve prisão preventiva solicitada pela Polícia Civil à Justiça. Os demais já estão presos: o sócio Walter Vieira; os funcionários Jacqueline Iris Barcellar de Assis, Ivanilson Fernandes dos Santos e Cleber de Olveira Santos; e a coordenadora técnica Adriana Vargas dos Anjos.
Os denunciados respondem por associação criminosa, lesão corporal e falsidade ideológica. Além desses crimes, Jacqueline responde também por falsificação de documento particular. Na denúncia, o MPRJ cita que, além de uma série de exames com resultados falsos, as filiais do PCS “não possuíam sequer alvará e licença sanitária”.
“O que foi apurado neste procedimento não foi um fato isolado, resultado de uma conduta negligente. Mas demonstram a indiferença com a vida e a integridade física dos pacientes transplantados e demais pacientes recebem dos denunciados, que não hesitaram em modificar protocolos de segurança motivados apenas por dinheiro”, diz trecho da denúncia da promotora Elisa Ramo Pittaro Neves.
Nesta terça-feira, a Delegacia do Consumidor (Decon) também concluiu o inquérito que investigou a contaminação por HIV em transplantes de órgãos após laudos falsos produzidos pelo laboratório PCS Saleme. Os seis foram indiciados pelos crimes de lesão corporal gravíssima por enfermidade incurável, associação criminosa, falsidade ideológica e por induzir consumidor a erro.
Diante do escândalo, a diretoria da Fundação Saúde, responsável pelo contrato com o laboratório, entregou os cargos nesta segunda-feira (21). O médico Marcus Vinícius Fernandes Dias foi nomeado como novo presidente da instituição, e escolheu o procurador João Manoel Galdi para assumir a Diretoria Jurídica da instituição.
Uma pena que ninguém foi investigado em relação as mortes da queda da ciclovia Tim Maia. Uma empresa do grupo que construiu a ciclovia está ganhando obras na prefeitura atualmente.