Irritado com os ataques de Eduardo Paes (PSD), o governador Cláudio Castro (PL) decidiu exonerar do governo do estado todos os indicados por políticos de sua base que estejam fazendo campanha pela reeleição do prefeito. O prazo para que os infiéis se enquadrem vence nesta segunda-feira (19).
O primeiro a ser exonerado será o secretário de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto, filiado ao PSD de Paes. Padrinho político do moço, o deputado federal Hugo Leal (PSD) já foi comunicado que a demissão estará no Diário Oficial de hoje.
O Podemos e o Solidariedade, que fazem parte da coligação de Paes, devem deixar o governo em bloco. O Podemos tem cargos na Secretaria de Trabalho e Renda. Já o Solidariedade tem a Secretaria de Cultura — comandada por Danielle Barros, irmã do presidente do partido, o deputado federal Áureo Ribeiro.
Os irmãos Otoni e Renato de Paula, do MDB, devem perder os cargos que têm na Suderj (que já foi presidida por Renato). O MDB está na coligação de Alexandre Ramagem (PL), mas não são poucos os políticos do partido que apoiam Paes — inclusive quase todos os vereadores emedebistas têm postagens com o prefeito em suas redes sociais.
O deputado Val Ceasa (Patriota) faz jus ao sobrenome político e tem a presidência do Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa). Inclusive, promoveu uma reunião lá em torno de Paes, há 15 dias. Já foi comunicado por Castro que vai perder o comando do equipamento.
Jorge Felippe Neto (Avante) indicou a presidência e outros cargos no Instituto de Terras e Cartografia do Estado (Iterj). O rapaz diz que não trabalha pela reeleição do prefeito, mas seu padrasto, Rodrigo Bethlem, é coordenador da campanha de Paes e o avô, o vereador Jorge Felippe (PP), um dos principais cabos eleitorais na Zona Oeste.
Dionísio Lins (PP) tem a presidência do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), mas ele e a mulher, a vereadora Vera Lins (PP), recepcionaram o prefeito em Madureira dia desses, com pompa e circunstância. Seus indicados já subiram no telhado.
Irmão de Carlo Caiado, presidente da Câmara do Rio e um dos principais aliados do prefeito, o Secretário municipal de Habitação e deputado estadual licenciado Cláudio Caiado deve perder os cargos no programa Segurança Presente da Barra da Tijuca e do Recreio, além de outros no governo do estado.
Outro que está com o pescoço na guilhotina é o deputado estadual Vitor Júnior (PDT). Mesmo tendo sido muito criticado por Rodrigo Neves em 2022, Castro manteve praticamente todos os cargos do governo do estado em Niterói com o grupo do candidato a prefeito — mas vê, novamente, o PDT atuar de forma muito presente na campanha de Paes.
Treta entre Castro e Paes deve provocar enxurrada de exonerações
O prefeito tinha um certo acordo de não agressão com Castro, mas a bandeira branca foi baixada no debate da Band, no último dia 8, quando fez questão de colar a imagem de Ramagem ao governador, principalmente quando o assunto era segurança pública. De lá para cá, não perdeu uma oportunidade de criticar o governo do estado nas redes sociais.
Neste domingo (18), como mostrou Quintino Freire, no “Diário do Rio”, os dois bateram boca pelo X, o antigo Twitter.
“É isso mesmo: Claudio Castro é Ramagem, o Witzel das eleições de 2024! Aliás, os responsáveis pela segurança pública no Rio!”, postou Paes.
“A máscara está caindo! Eduardo Paes é o maior estelionatário dessas eleições! Seu pensamento está só no Governo do Estado. O povo será o próximo a ser traído“, respondeu Castro.
É muito mal pensado a retirada do Val do Ceasa daquele local . pós todo o seu trabalho foi pautado naquele local e se tem uma pessoa com conhecimento do que faz .e ele pós está trabalhando lá desde criança desempenhando um trabalho excelente no Ceasa do Rio !!