O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ganhou, nesta terça-feira (30), um parceiro de peso para o desenvolvimento de um importante projeto na área da agricultura urbana: o cantor Zeca Pagodinho.
O Instituto Zeca Pagodinho também vai ceder um terreno para a implementação de um Sistema Agloforestal Urbano, com a produção de plantas medicinais e árvores nativas da Mata Atlântica que beneficiarão, inicialmente, cerca de 100 famílias, com a produção e comercialização dos produtos.
O ministro Paulo Teixeira foi pessoalmente a Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, celebrar a parceria, que visa fortalecer ações para a produção de alimentos nas cidades. O acordo incluiu, além do ministério e o Instituto Zeca Pagodinho, a Embrapa, a UFRRJ e o Instituto Cidades Sem Fome. A primeira ação será ampliar o número de hortas comunitárias na Baixada Fluminense.
“Muito bacana poder contribuir com o alimento para as famílias. A gente sempre ajudou e ajuda o povo de Xerém com distribuições de cestas básicas para famílias que a gente sabe que precisa. Esse projeto é legal porque além de ensinar a plantar, vai gerar comida na mesa de muita gente”, disse Zeca.
A atividade desta manhã contou com a presença das deputadas Benedita da Silva e Marina do MST, e dos atores Antônio Pitanga e José de Abreu. O anúncio oficial será feito pessoalmente pelo presidente Lula e por Zeca Pagodinho na segunda quinzena de agosto.
“Ter o Zeca como parceiro da agricultura familiar é um golaço não só do governo, como do Brasil. O mundo inteiro começa a olhar para a produção de alimentos saudáveis como a melhor forma de matar a fome das pessoas sem gerar uma série de outros problemas que vão ter custo alto para a saúde das pessoas. E para a saúde pública. Não adianta a gente investir no combate à fome com alimentos que fazem mal e depois ter que investir novamente para tratar essas pessoas”, defendeu a deputada Marina do MST.
No última sexta-feira (26), o presidente Lula sancionou a lei que institui a Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, que visa promover a segurança alimentar, reduzir o desperdício e fortalecer a economia local, utilizando espaços urbanos de maneira eficiente e sustentável.
Além da criação de hortas, a lei prevê a capacitação de agricultores urbanos, que poderão ser beneficiários dos programas voltados para agricultura familiar, como acesso ao crédito, máquinas e compras públicas. Ela também incentiva a criação e o funcionamento de feiras livres e outras formas de comercialização direta, permitindo que os produtores vendam seus produtos diretamente aos consumidores.