Um ano após a Águas do Rio assumir o abastecimento de água e a coleta de esgoto em parte da capital e em 26 outros municípios fluminenses, quatro cidades da Região Metropolitana do estado aparecem entre as 20 piores do país em saneamento básico. O ranking, feito pelo Instituto Trata Brasil (ITB), cita São João de Meriti, Duque de Caxias, Belford Roxo e São Gonçalo. Niterói, que não faz parte da concessão, é o único município que aparece bem no ranking, em 6° lugar.
A pesquisa foi baseada em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e teve o ano de 2022 como base. Na época, o investimento no setor chegou a R$ 1,07 bilhão, mais do que o dobro dos R$ 428 milhões de 2021.
Três das quatro piores colocadas do ranking geral (Duque de Caxias, Belford Roxo e São Gonçalo) aparecem também no top 10 das cidades com menor coleta de esgoto. No quesito fornecimento de água; 66,03% da população de Caxias tem acesso à água potável, na vizinha Belford Roxo o número sobe para 74,08%. Por outro lado, Niterói e Nova Iguaçu atingiram a marca de 100% nesse índice.
Em relação às perdas na distribuição de água, a capital (60,66%); São João de Meriti (66,12%) e Belford Roxo (66,40%) são os principais destaques negativos.
A concessão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro) à iniciativa privada rendeu R$ 22,6 bilhões para os cofres públicos. O estado ficou com a maior fatia (R$ 14,4 bilhões), enquanto pouco mais de um terço desse valor (cerca de 7,7 bilhões) foi repassado aos municípios.
Entre os seis que receberam as maiores quantias, cinco deles aparecem nas piores colocações no ranking (São Gonçalo, Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti e a cidade do Rio).