Em abril de 2024, o eterno ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ressurgia das cinzas na política — e na Prefeitura do Rio comandada por Eduardo Paes (PSD). Influente no Republicanos, Cunha emplacou, numa só tacada, aliados no comando das empresas públicas RioLuz e IplanRio e o titular de uma turbinada Secretaria de Habitação, Marcus Vinícius Medina Costa. A lua de mel com o prefeito não durou muito. Dois meses depois, Paes cancelou uma licitação da pasta e exonerou Marcus Vinícius. A aliança com o Republicanos estava rompida — e Cunha virava desafeto.
Mas, na política, nada é imutável (lembra da analogia com as nuvens no céu, que sempre mudam de lugar a cada vez que se olha para o alto?).
De volta à Prefeitura do Rio
Pois Marcus Vinícius Medina Costa voltou a frequentar o Diário Oficial da Prefeitura do Rio. Ele, que estava quietinho na Gerência de Recursos Humanos da Empresa Municipal de Artes Gráficas S.A, foi promovido, nesta terça-feira (15), a diretor Industrial — na mesma empresa pública.
Até as árvores da Cidade Nova e as pedras portuguesas da Cinelândia sabem que Cunha não faz dança da chuva nem anda de cocar na área gráfica da Prefeitura do Rio. Lá, o cacique atende pelo nome de Áureo Ribeiro, e é presidente estadual do Solidariedade.
O que prova a resiliência — e a capacidade de sobrevivência — do ex-secretário de Habitação, hoje diretor na empresa de Artes (sic) da Prefeitura do Rio.

