O clima esquentou nos bastidores do PSB do Rio, depois que o vereador Wagner Tavares (PSB) propôs (e aprovou) a concessão da Medalha Pedro Ernesto — a mais alta honraria da Câmara do Rio — ao atual presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap.
A homenagem causou estranheza no partido, especialmente por Bap ser conhecido desafeto do deputado federal e ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, também filiado ao PSB.
Durante sua trajetória no clube, Bap foi um dos principais articuladores de três tentativas de expulsão de Bandeira de Mello do quadro social do Flamengo, movimentos que não prosperaram, mas deixaram marcas profundas na política interna do Rubro-Negro.
Política interna do PSB tem polêmicas históricas
A iniciativa do vereador reacende tensões históricas entre as diferentes correntes do clube, agora transpostas para o ambiente partidário, e levanta questionamentos sobre a coerência política dentro da legenda. Bandeira de Mello, que presidiu o Flamengo entre 2013 e 2018, é reconhecido nacionalmente por seu trabalho de recuperação financeira e gestão profissional à frente do clube.
Nos bastidores, integrantes do partido avaliam que a homenagem pode ampliar fissuras internas, justamente no momento em que o PSB busca consolidar sua imagem de unidade e compromisso com a ética pública e a democracia interna.