De fato, a Câmara do Rio convocou sessão extraordinária para esta terça-feira (01), com o objetivo de limpar a pauta dos vetos do prefeito Eduardo Paes (PSD) e poder seguir com as votações. Sim, a autorização para armar a Guarda Municipal está na ordem do dia.
Mas nada é tão simples quanto parece.
Depois dos vetos, a turma vai votar a criação do feriado do dia 7 julho — quando o Rio recebe a cúpula dos Brics (grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Mas, em seguida, vem o que interessa, e muito, ao prefeito. Em regime de urgência, é a vez de votar a autorização para Paes contratar até R$ 6 bilhões em empréstimos — o equivalente a mais de 10% do orçamento previsto para todo o ano de 2025.
É a sexta vez que o prefeito solicita autorização para endividamento, desde que reassumiu o comando do Palácio da Cidade. E, desta vez, o texto ainda prevê que os contratos podem ser fechados “com ou sem garantia da União” — o que, segundo especialistas, é preocupante.
Mas, como provam as outras iniciativas do gênero, deve passar (depois de alguma gritaria da oposição) sem grandes sustos pelo plenário.
No fim da sessão, Câmara do Rio vota projeto que arma a Guarda
Ahh, sim. Depois disso tudo, os vereadores votam o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que autoriza a Guarda Municipal do Rio a usar armas.
Mas isso já são favas contadas.