Não houve um único lance no leilão aberto pela Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima e da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), para a concessão de seis parques públicos da cidade do Rio à iniciativa privada, no programa Parques Cariocas. O prazo para o recebimento dos envelopes foi encerrado na última sexta-feira (26) e não apareceram interessados.
O edital, que foi precedido por audiências públicas e contou com o apoio técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a elaboração da modelagem, foi dividido em dois blocos. Previa investimentos privados iniciais de R$ 48,9 milhões nos primeiros três anos, chegando a R$ 73 milhões durante o contrato de concessão, com prazo de 30 anos. Segundo a prefeitura, a concessão dos parques poderia gerar um impacto econômico estimado em até R$ 1,5 bilhão, somando investimentos privados, desoneração dos cofres públicos com manutenção, e arrecadação de outorgas e impostos.
“A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) informa que não foram apresentadas propostas no leilão do programa Parques Cariocas. A CCPar já está trabalhando em conjunto com o BNDES para propor ajustes e realizar nova licitação”, diz a nota oficial.
Não poderia haver cobrança de ingresso para entrar nos parques
O acesso aos seis parques — de Madureira e Orlando Leite (Cascadura), na Zona Norte; Dois Irmãos (Leblon), Parque da Cidade (Gávea) e Garota de Ipanema (Arpoador), na Zona Sul; e Professor Célio Luparelli (Vila Valqueire), na Zona Sudoeste — continuaria gratuito.
Deveria ser mantido ainda o perfil de cada um deles. Ou seja, se há uma área verde explorada pela população ou se o espaço recebe atividades de esporte, música e lazer, isso tudo teria de ser preservado pelas empresas.
As regras da licitação e as intervenções necessárias em cada um desses espaços estavam no edital lançado no início de junho.
