Parece que na Prefeitura do Rio tem gente se inspirando na cantora e atriz Angélica e indo de táxi para todo lugar. É o que denuncia o vereador Poubel (PL), que questiona a falta de transparência nos gastos e quer saber até onde vai o “corre” por meio da plataforma Taxi.Rio.
Segundo levantamento realizado pela equipe técnica do parlamentar, não há clareza para a sociedade quanto ao valor pago pelo serviço. A bronca resultou no Requerimento de Informações 127/2025, protocolado em fevereiro e ainda sem resposta por parte da prefeitura.
Entre outras coisas, Poubel quer saber: quais órgãos da prefeitura usam o Taxi.Rio? Quanto foi gasto? Quem tem frota própria e ainda assim usa o app? E qual é, afinal, o regime de contratação entre a IplanRio e a plataforma?
Aumento de 30% nas corridas de táxi
O gabinete constatou ainda que houve aproximadamente 30% de aumento das corridas de táxis pagas pela prefeitura pelo Taxi.Rio em relação ao ano de 2023 para o ano de 2024.
Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde, por exemplo, publicou no Diário Oficial que somente para a Coordenadoria Geral de Atenção Primária da AP 3.2, no mês de janeiro de 2025, foi aprovado o valor de R$ 181.967,26. Já para a AP 5.2, no mesmo período, destinou-se R$ 111.580,60. A campeã, no entanto, foi a Coordenadoria Geral de Atenção Primária AP 4.0 com expressivos R$ 440.535,14.
“É tudo muito obscuro, gasta-se muito com táxis sem sabermos a finalidade, se o serviço está sendo realmente prestado. Houve licitação, qual o objeto, como é feita a prestação de contas? O prefeito deve inúmeras explicações à sociedade pagadora de impostos”, disparou o vereador.
O requerimento de informações 127/2025 foi publicado em 20 de fevereiro e, até o momento, está sem respostas. O prazo legal é de 60 dias, mas Poubel já adianta que, se a prefeitura seguir ignorando o pedido, a conversa muda de tom.
“Sabemos do histórico do prefeito de ignorar os requerimentos de informações. Se houver necessidade, vamos ao Ministério Público. Sonegar informação é crime de responsabilidade”, reforça o vereador.