As eleições internas do PT, que acontecem em junho e já estavam pegando fogo na fase da campanha por novas filiações, agora entram na reta decisiva. As candidaturas para os diretórios municipais precisam ser inscritas até o próximo dia 14, o que, claro, tem movimentado os petistas cariocas.
Para o diretório da cidade do Rio, duas candidaturas devem refletir a principal disputa no estado: o aspirante apontado pelo prefeito de Maricá, Washington Quaquá, versus o representante de praticamente todo o restante, que se junta contra a sua hegemonia.
Quaquá muda o candidato por prefeito do Rio
O prefeito de Maricá já até tinha batido o martelo sobre seu candidato. Inicialmente, seria o vereador e influenciador digital Leonel de Esquerda. Mas acabou ouvindo as ponderações do coleguinha do Rio e aliadíssimo na política estadual, Eduardo Paes (PSD).
Leonel não só votou contra o projeto que autoriza armamento da Guarda Municipal, como fez um inflamado discurso contra a medida. Além disso, tem sido muito mais crítico à prefeitura.
O candidato de Quaquá então passou a ser Alberes Lima, atual chefe de gabinete da deputada Zeidan (PT). Alberes já foi presidente municipal do partido há duas gestões.
Fez uma gestão considerada insípida pelos filiados — mas pouco problemática.
O outro lado do PT carioca
O grupo formado pelos deputados federais Benedita da Silva e Lindbergh Farias; pelas estaduais Elika Takimoto e Marina do MST; pelo secretário especial de Assuntos Federativos do governo federal, André Ceciliano; pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; e pelo atual presidente municipal, Tiago Santana; entre outros menos famosos, ainda está em busca de um candidato para enfrentar Alberes.
Elika chegou a ser cogitada — mas há quem reclame que a deputada tem pouca vida partidária. A vereadora Maíra do MST também foi citada — até para dar uma cara mais militante ao PT, especialmente entre jovens. Mas o fato de ela ser muito nova no partido também é um empecilho.
O grupo continua se reunindo para chegar a um nome. De qualquer forma, já existe um consenso: todos avaliam que a presença constante de Quaquá na imprensa e redes sociais, geralmente em tom mais conservador, traz ranhuras para a imagem do partido.