O senador Flávio Bolsonaro vai levar ao seu PL as sugestões de quatro nomes para serem testados, em janeiro, nas pesquisas de intenção de votos para o governo do estado. O moço está firme no propósito de já colocar o pré-candidato da direita no comando do Palácio Guanabara, assim que o governador Cláudio Castro (PL) renunciar — o que deve acontecer logo depois do carnaval.
Flávio vai conversar com o presidente estadual do partido, Altineu Côrtes, e com o governador Cláudio Castro. Se todos concordarem, o PL fará uma rodada de pesquisas, em janeiro, para testar os nomes.
Um deles é do atual secretário estadual das Cidades, Douglas Ruas. Filho do prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, e policial civil concursado, Douglas é um dos jovens que vêm sendo preparados por Altineu para voos mais altos. O plano original seria colocar Douglas na presidência da Assembleia Legislativa no ano que vem.
Outra sugestão do senador é o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi. O homem já vinha se destacando na Segurança Pública com a Operação Torniquete, mas ganhou notoriedade mesmo depois da mega ação que deixou 122 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão em outubro.
O ex-presidente do Flamengo Rodolfo Landim também pode ser a aposta de Flávio Bolsonaro no Rio. Bolsonarista, o cartola nunca foi testado nas urnas.
O senador também quer incluir nas pesquisas o prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli. O alcaide já era considerado um quadro importante do partido, mas a chegada do irmão, o vice-presidente Guilherme Delaroli (PL) ao comando da Assembleia Legislativa acendeu os refletores na direção de Itaboraí, na Região Metropolitana. Guilherme assumiu interinamente a presidência em consequência da prisão e, depois, do afastamento, de Rodrigo Bacellar (União).
Prefeito que chamou a atenção de Flávio Bolsonaro foi reeleito com 93,79% dos votos
“Com Marcelo Delaroli, tivemos a maior vitória em um município com mais de 200 mil habitantes na disputa PL x PT. Marcelo foi reeleito com 93,79% e é, certamente, uma das estrelas mais promissoras da política no Rio e no Brasil. Para ele, o céu é o limite”, disse recentemente Bruno Bonetti, presidente municipal do PL.
As pesquisas vão dizer, em janeiro, o que os eleitores acham das opções levantadas por Flávio Bolsonaro.


A iniciativa do senador Flávio Bolsonaro de submeter quatro nomes técnicos e politicamente consistentes a pesquisas de opinião revela algo que muitas vezes falta à política brasileira: maturidade estratégica e método.
Não se trata apenas de escolher um futuro candidato ao Palácio Guanabara. Trata-se de consolidar um modelo de decisão partidária que prioriza competência, desempenho administrativo, histórico público limpo e capacidade de entrega, acima do personalismo, do improviso ou da fama momentânea.
Esse movimento dialoga diretamente com uma das experiências mais bem-sucedidas do campo conservador no Brasil: a valorização da tecnicidade. Durante o governo Jair Bolsonaro, os quadros que entregaram resultados, sem escândalos e sem corrupção, permaneceram. Os que não corresponderam foram substituídos. Gestão pública séria funciona assim — com critérios, avaliação permanente e responsabilidade.
Ao testar nomes com trajetória concreta na administração pública, na segurança, na gestão municipal e até no setor privado, o PL demonstra que não busca “o mais conhecido”, mas o mais preparado. Isso é essencial para um estado complexo como o Rio de Janeiro, que exige firmeza, capacidade técnica e coragem política para enfrentar problemas históricos.
Foi exatamente essa lógica que levou a direita a acertar em São Paulo com Tarcísio de Freitas, mesmo ele estando filiado ao Republicanos. O que prevaleceu ali não foi a legenda, mas o projeto, a competência e o alinhamento de valores. Hoje, sem exagero, Tarcísio é um dos melhores governadores do Brasil.
Justamente por isso, Tarcísio não deve sair agora para disputar a Presidência. Bons gestores precisam concluir ciclos, consolidar resultados e servir de referência administrativa. Essa visão de longo prazo é o que diferencia projetos de poder de projetos de Estado.
Esse é o DNA Bolsonaro: decisão estratégica, foco em resultados, intolerância com corrupção e respeito ao dinheiro público. Quando o povo entende essa estratégia, o Brasil volta para o trilho do crescimento, da responsabilidade e da ordem, afastando de vez os fantasmas do assistencialismo eleitoral, do aparelhamento ideológico e do atraso travestido de “sensibilidade social”.
Se o eleitor compreender que governar não é fazer espetáculo, mas entregar resultados, o Rio de Janeiro pode repetir o acerto de São Paulo — e o Brasil, finalmente, avançar com segurança, liberdade econômica e responsabilidade social verdadeira.
Decisão acertada. Estratégia correta. O futuro agradece.
Romildo Jucá
Líder Evangélico
Gestor Público
Consultor da Comissão de Ciências Políticas e Economia – OAB/RJ