Uma investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) levou à prisão, nesta sexta-feira (3), de um dos responsáveis pela execução do contraventor Fernando Iggnacio. Ele foi capturado em Ciudad del Este por agentes do Comando Tripartito da Policia Nacional do Paraguai, após intensa troca de dados de inteligência com a equipe da DHC.
Iggnacio, um dos herdeiros do também contraventor Castor de Andrade, foi morto em novembro de 2020, ao desembarcar de um helicóptero, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. As investigações apontaram que o preso, que é ex-policial militar, foi responsável por realizar pesquisas sobre a rotina da vítima e sobro o tipo de arma usadas no crime.
Ele também realizou levantamentos sobre diversos outros contraventores executados, demonstrando um estudo de caso para que a ação criminosa contra Fernando Iggnacio não tivesse falha.
Após o crime, o homem fugiu do Brasil e foi capturado ao dar início em procedimentos para emissão de documentos no Paraguai. Os agentes constataram que ele usava um documento falso brasileiro e suspeitaram do criminoso.
O autor será encaminhado para a Polícia Federal do Brasil, que ficará a cargo de apresentá-lo à Justiça brasileira. Contra ele, existem dois mandados de prisão por homicídio.
Rogério de Andrade
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) prendeu, em outubro do ano passado, o bicheiro Rogério de Andrade e Gilmar Eneas Lisboa. Os dois foram denunciados pelo homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnacio.
Fernando Iggnacio e Rogério de Andrade, são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido contraventor Castor de Andrade. Os mandados da operação Último Ato foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e estão sendo cumpridos na Barra da Tijuca e em Duque de Caxias.