Matando as escolas de samba mais tradicionais do Rio de inveja, a Prefeitura de Maricá publicou, na última sexta-feira (23), a celebração do termo de subvenção de R$ 8 milhões para a União de Maricá tentar, pela segunda vez, chegar à elite do carnaval carioca. A escola foi escolhida por inexigibilidade de licitação, já que é a única na cidade — e fica, como diz a publicação no Diário Oficial, “tecnicamente demonstrada e comprovada a singularidade do objeto da parceria e inviabilidade de competição”.
No ano passado, as escolas que já estão no Grupo Especial receberam um quarto da subvenção pública que Maricá dá à sua agremiação. A Prefeitura do Rio pagou R$ 2,15 milhões— e em três parcelas, é bom frisar. No mesmo carnaval, a União de Maricá, estreando no Grupo Ouro, já recebeu os mesmos R$ 8 milhões. Ficou em quarto lugar no grupo de acesso e viu o enredo sobre Padre Cícero levar a rival Unidos de Padre Miguel ao topo. Mas, se serve de consolo, vai continuar desfilando na Marquês de Sapucaí.
Primeiro lugar em royalties
Dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que Maricá foi a campeã nacional no ranking das cidades mais bem pagas em royalties em 2023. Recebeu nada menos do que R$ 2,4 bilhões em royalties, ou 13% do total distribuído para os municípios no Brasil. Com um detalhe: a cidade da Região Metropolitana tem 197 mil habitantes, segundo o Censo de 2022.
Por Fabiana Paiva e Fábio Martins