Um pitbull foi morto a tiros depois de atacar um promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que acompanhava uma operação de demolição na Ilha da Gigoia, na Barra da Tijuca, nesta segunda-feira (29). O cão Zeus, de 4 anos, levou três tiros. O animal chegou a ser socorrido pelo tutor, mas não resistiu.
O agente do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) fazia parte de uma força-tarefa da Secretaria Municipal de Ordem Pública para derrubar dois prédios construídos irregularmente na ilha, que fica na Zona Oeste.
No meio da operação, uma promotora se deparou com o pitbull, quer estava solto, desacompanhado e sem focinheira. A mulher correu e o cachorro a seguiu. No caminho, o cão atacou o promotor Andre Buonora, e mordeu sua panturrilha.
Foi um agente da escolta armada quem reagiu e efetuou os disparos contra o cachorro. O tutor levou o animal a uma clínica veterinária, mas ele morreu. O promotor foi encaminhado ao hospital, já foi medicado e passa bem.
Em nota, o MPJ confirmou o ataque à equipe de promotores e agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e informou que “o caso foi registrado na Delegacia de Polícia da região, para apuração da responsabilidade do tutor do animal”.
Demolições
De acordo com o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, a área vem sofrendo influência de milicianos. A ordem para que as obras fossem suspensas foi emitida em abril de 2023, mas os responsáveis descumpriram, e ainda aceleraram a construção.
Um dos prédios possui três pavimentos, com dois apartamentos por andar. O segundo tem o mesmo número de pavimentos, sendo quatro unidades por andar. O primeiro prédio encontra-se em fase de conclusão e o segundo com suas obras em andamento, sendo parte em fase de acabamento e outra em fase de alvenaria.
As edificações foram construídas em um lote de 500 metros quadrados, e possuem aproximadamente 900 metros quadrados de área construída. O prejuízo estimado para os responsáveis pela obra é de R$ 3,5 milhões.
O secretário afirmou que, desde 2021, já foram realizadas 3.400 demolições no município do Rio, com meio bilhão de reais de prejuízo para os grupos paramilitares.