A Petrobras confirmou que oito trabalhadores continuam internados com quadro de saúde estável, sem gravidade, depois de ficarem feridos no incêndio na plataforma PCH-1 (Cherne 1), operada pela estatal na Bacia de Campos. A estrutura fica a aproximadamente 130 km de Macaé, no Norte Fluminense. Os demais já receberam alta.
Segundo a Petrobras, o sistema de detecção de fogo e gás funcionou adequadamente com o acionamento das válvulas de bloqueio do gás em menos de um minuto. O sistema de dilúvio funcionou e a brigada de incêndio foi acionada, debelando os focos de incêndio localizados.
Esta unidade não faz escoamento de gás. O gás que chega em PCH-1 é apenas para geração de energia elétrica que, no momento, está sendo suprida por motogeradores a diesel, garantindo a segurança e a habitabilidade da unidade.
Ainda de acordo com a estatal, a plataforma não produz petróleo desde 2020. A unidade contava com 177 pessoas a bordo que atuavam na manutenção da integridade das instalações e habitabilidade. Foi instaurada comissão para apurar as causas do incidente. Ao todo, 14 trabalhadores ficaram feridos.
Durante o incêndio, um trabalhador precisou ser resgatado do mar com queimaduras. Ele foi retirado pela embarcação Locar XXII e levado para atendimento médico na plataforma PNA. A Petrobras informou, em nota, que ele foi resgatado com queimaduras leves.
Cabe destacar que, em 2024, a Petrobras assinou contratos com a Perenco para a cessão total de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, por 10 milhões de dólares. No entanto, a entrega completa está prevista para agosto. A Petrobras já recebeu 1 milhão de dólares e o restante será pago no fechamento da operação.
A Bacia de Campos, a mais antiga do estado, abrange os municípios de Macaé, Campos dos Goytacazes, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Rio das Ostras, Carapêbus e São João da Barra, além de estender-se para o sul do estado do Espírito Santo.