O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta-feira (3), 19 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa envolvida em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro contra a Petros, fundo de pensão dos empregados da Petrobras.
Segundo as investigações, um negócio imobiliário de R$ 280 milhões, realizado em 2010, foi usado como fachada para desviar recursos e ocultar mais de R$ 23 milhões de origem ilícita, inclusive em contas no exterior.
A operação envolveu a compra de galpões industriais no interior de São Paulo pela Petros, transação conduzida por gestores do próprio fundo. De acordo com o MPF, apesar de aparentemente legal, o negócio foi utilizado como pretexto para o pagamento de propina disfarçada de “comissão”, no valor de aproximadamente 8% da operação total.
As apurações apontam que o grupo era estruturado em quatro núcleos, com funções como articulação dos contratos, lavagem de dinheiro, movimentação financeira e ocultação dos valores em contas offshore, especialmente na Suíça.
Além da responsabilização penal dos envolvidos, o MPF pediu à Justiça o pagamento de indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, com repasse direto à própria Petros.