Com a prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho, em 24 de março, a família Brazão teve que recalcular seus planos para as eleições de 2024.
Até então poderoso no Rio, o clã planejava reeleger Waldir Brazão (que não é da família, mas usa o sobrenome); emplacar Guilherme Bencardino (filho do ex-vereador Carlos Alberto Bencardino, morto em 2022); e ainda levar às urnas a segunda geração da família, representada por Kaio, filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão.
Os Brazão em nova rota
Mas, eis que os dois foram parar em prisões federais, sob a acusação de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). E toda a rota teve que ser refeita.
Kaio ia se filiar ao MDB, mas acabou sob as asas do mais acolhedor Republicanos. O partido é comandado, na capital, pelos Cunha (do ex-presidente da Câmara Eduardo e da deputada federal Dani), muito próximos aos Brazão. O rapaz já está até nas ruas, em pré campanha, com a ajuda deles.
Bencardino também vai se candidatar pelo Republicanos, mas vai ter que contar com o legado do pai e a própria experiência de mais de 15 anos na administração pública. Afinal, todo o afinco dos Brazão e companhia estará voltado para a campanha de Kaio. Tanto que Waldir está sendo convencido a desistir da reeleição, para trabalhar pelo filho de Domingos.
Diante da nova realidade, nenhum esforço poderá ser desperdiçado.