O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decidiu, em segunda instância, impedir o trancamento da ação penal contra o bicheiro Aílton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães. A decisão rejeita um pedido da defesa e garante a continuidade do processo que o acusa de mandar matar o pastor Fábio Aguiar Sardinha, de 41 anos, em julho de 2020, em São Gonçalo.
Capitão Guimarães foi denunciado e preso durante a Operação Sicário, realizada em dezembro de 2022. No decorrer do processo, a defesa apresentou uma Reclamação Criminal, solicitando, entre outros pontos, o trancamento da ação penal sob a alegação de descumprimento de decisão judicial que teria declarado a imprestabilidade de determinados elementos de prova.
Segundo as investigações, Fábio Sardinha foi assassinado a tiros por dois homens em uma moto, em frente ao pai, em um posto de gasolina no Colubandê, em São Gonçalo. A polícia suspeita que o crime tenha ocorrido após o pastor desviar dinheiro de uma quadrilha ligada a Capitão Guimarães.
MP reforça importância da continuidade da investigação
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) reforçou a importância da continuidade da investigação. Em sustentação oral, a procuradora de Justiça Carla Tereza Cruz destacou que existem outras provas suficientes para o prosseguimento do caso.
“A sustentação oral teve por foco reforçar os argumentos apresentados nos pareceres existentes nos autos acerca da inexistência de recusa do Juízo de 1º Grau em desconsiderar as provas já reputadas ilícitas pela Câmara julgadora e, sobretudo, ratificar a existência de outras provas suficientes para o devido prosseguimento do processo de homicídio, cujo trancamento a defesa postulava por via imprópria, havendo, felizmente, êxito no resultado almejado”, afirmou a procuradora.