Depois que terminou sem interessados a licitação de R$ 11,9 milhões para refazimento das fachadas, elementos metálicos e vidros da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), o governo do estado decidiu aumentar o valor do pregão para tentar atrair alguma empresa disposta a executar o serviço.
Nesta quarta-feira (18), a Secretaria de Ordem Publica lançou novo edital com valor estimado de R$ 13,3 milhões para refazer partes já desgastadas ao longo dos mais de dez anos de intervenções.
O MIS está em obras desde 2010. De acordo com o Pacto-RJ, o investimento da pasta só na conclusão das obras do “esqueleto” monumental na Praia de Copacabana é de quase R$ 90 milhões. No entanto, o percentual de execução está em apenas 27%.
Quase R$ 70 milhões
Enquanto aguarda interessados para refazer fachadas, a secretaria finalizou mais uma licitação para concluir a reforma. De acordo com o contrato publicado nesta sexta-feira (20), a vencedora da concorrência foi o Consórcio Copacabana, por R$ 68,8 milhões. A empresa terá 300 dias para finalizar as obras.
Passos lentos
Em dezembro de 2021, depois de seis anos de paralisação, o governador Cláudio Castro entregou à MPE Engenharia, empresa vencedora da licitação, um documento que autorizava o reinício das intervenções. A previsão de inauguração seria em dezembro de 2022.
No entanto, no início do ano passado, um relatório da empresa portuguesa Seveme, responsável por importar um material especial para compor o sistema de fachadas e esquadrias, revelou que haviam corrimãos enferrujados, vidros manchados por infiltrações ou quebrados por má conservação.
No último mês de março, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU) notificou o governador sobre o atraso na conclusão das instalações culturais. Em documento assinado pelo presidente Sydnei Menezes, a entidade citou o “corrente estado de abandono das obras”.
POR FABIANA PAIVA E FÁBIO MARTINS