O Instituto Marielle Franco, fundado pela família da vereadora, está organizando um protesto por justiça no próximo dia 30 de outubro, data marcada para o julgamento dos réus acusados pelo assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz vão a júri popular no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, no centro da capital, a partir das 9h. O protesto será em frente à Corte.
Marinete Silva, mãe de Marielle e fundadora do Instituto, contabiliza que são 78 meses e mais de 2 mil dias em que nos juntamos desde que nos tiraram Marielle e Anderson.
“A justiça, enfim, vai começar a ser feita. Esse é um momento decisivo para todo mundo que luta por justiça e para quem acredita que o Brasil precisa ser um país sério que não permite que uma mulher negra seja assassinada com sete tiros na cabeça voltando do trabalho”, afirma.
Em março deste ano, os irmãos Domingos Brazão, então conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, além do delegado Rivaldo Barbosa, foram presos como mandantes do atentado que vitimou Marielle Franco e seu motorista. Os três foram presos no Rio, de forma preventiva, na Operação Murder, Inc., deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Federal (PF).
Em junho, por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou os três réus, acusados de serem os mandantes dos assassinatos. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, argumentou que a acusação trouxe fortes elementos do elo entre os interesses da organização criminosa e os assassinatos, e defendeu a competência do STF em julgar o caso. Os presos e negam participação nos crimes.