A Secretaria Municipal de Infraestrutura autorizou a destinação de R$ 980 mil para escorar a fachada de dois prédios localizados na Travessa do Comércio, no Centro do Rio. Em outubro do ano passado, o casarão de número 19 desabou, com partes caindo sobre o de número 21.
O imóvel desabado foi arrematado em um leilão, em 2018, por uma empresa de Barra Mansa, município da do Sul Fluminense. Já o número 21 é da Venerável Ordem de São Francisco da Penitência.
Diante do custo de quase R$ 1 milhão para escorar fachadas dos dois prédios na Travessa do Comércio, o vereador Pedro Duarte (Novo) enviou um Requerimento de Informações para a prefeitura questionando se os imóveis objetos da contenção emergencial foram desapropriados e, caso não tenham sido, se o custo do escoramento será repassado.
O documento traz ainda questionamentos sobre o destino planejado pela prefeitura para os imóveis e qual o plano estratégico e medidas que serão adotadas para mitigar o risco de futuros desabamentos nos prédios da região que estão em péssimas condições.
Pouco tempo depois do desabamento, a Prefeitura do Rio publicou um decreto determinando que imóveis urbanos que apresentem sinais de abandono por um determinado período de tempo possa ser arrecadado como bem vago e, depois de três anos, passa a ser propriedade municipal. Segundo levantamento da subprefeitura do Centro divulgado naquele mês, existem 158 imóveis abandonados ou caindo aos pedaços na região central da capital.