O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou uma medida que promete mexer sensivelmente com a hierarquia de forças do carnaval carioca. Após reunião com o presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, o alcaide afirmou que será estabelecido um teto de gastos para os próximos desfiles.
O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira (24). Segundo Paes, a medida vai permitir um jogo mais justo entre as escolas. Além disso, o prefeito informou que as tratativas para a renovação da concessão do sambódromo da Marquês de Sapucaí para a Liesa estão avançando.
“Vamos estabelecer um teto de gastos. A nova gestão da Liesa já conseguiu com boa administração garantir um valor considerável para todas escolas esse ano. Importante que o equilíbrio e as boas condições de preparação do carnaval sejam garantidos”, disse Eduardo Paes.
O teto de gastos deve afetar principalmente as escolas de fora da capital, que possuem aporte financeiro dos governos de suas cidades, além da Prefeitura do Rio. Isto tem feito com que escolas como Beija-Flor, de Nilópolis; Grande Rio; de Duque de Caxias; e Viradouro, de Niterói, tenham maior aporte.
Medida anti-União de Maricá
A medida também pode ser considerada “anti-União de Maricá”. A escola do Leste Fluminense recebe um aporte de mais de R$ 8 milhões da prefeitura de sua cidade e tem como patrono o alcaide Washington Quaquá (PT). Para efeito de comparação, a atual campeã do Grupo Especial, Viradouro, recebe R$ 5 milhões da Prefeitura de Niterói.
A União de Maricá estreou na Marquês de Sapucaí ano passado, pela Série Ouro, conquistando um forte quarto lugar. Para este ano, ela é uma das farotitas a conquistar o título e, consequentemente, o acesso ao Grupo Especial. Para isso, não tem popupado esforços para contratar nomes da elite do carnaval, como, por exemplo, o carnavalesco Leandro Vieira.