Família, família, benefícios à parte. Enquanto Mazinho Batista (PSD), presidente da Câmara de Vereadores de Quissamã (RJ), garantiu o tão esperado abono natalino aos servidores do Legislativo, seu irmão, o prefeito Marcelo Batista (PP), deixou uma ceia magra para os funcionários do Executivo.
O ‘irmão rico’ e o ‘irmão pobre’ de Quissamã
Isso porque Marcelo — o “irmão pobre” — não pagou o benefício de Natal aos servidores. Em transmissões ao vivo, ele chegou a afirmar que foi difícil até mesmo reunir recursos para quitar a segunda parcela do 13º salário, paga no dia 12 de dezembro.
Mazinho, por sua vez — o “irmão rico” — assinou a liberação do abono de R$ 3,5 mil em ticket alimentação para servidores efetivos e comissionados da Câmara. A despesa foi custeada pelo orçamento próprio do Legislativo, e a autorização foi aprovada no último dia 8.

Burburinho no Norte Fluminense
As diferentes escolhas dos irmãos provocaram um grande burburinho na cidade do Norte Fluminense, que tem pouco mais de 20 mil habitantes. Ainda mais porque, para 2025, a prefeitura tinha previsto um orçamento de R$ 478 milhões; já para 2026, a projeção sobe para R$ 533 milhões, um aumento de 11,5%.
Marcelo Batista foi eleito prefeito no primeiro turno das eleições de 2024, ao lado da vice-prefeita Sabrine Pereira (PDT), com 8.356 votos, alcançando 51,02% do eleitorado. Já Mazinho foi escolhido pelos outros dez vereadores para presidir a casa quissamaense no biênio 2025/2026.
Procurada pelo TEMPO REAL, a Prefeitura de Quissamã não havia se pronunciado, até o fechamento desta reportagem, sobre os motivos que levaram ao não pagamento do abono natalino este ano. O espaço segue aberto para um posicionamento.

