O governador Cláudio Castro (PL) anunciou, nesta sexta-feira (10), que o cartão Jaé, futuro substituto do Riocard nos transportes municipais do Rio, também será aceito nos modais intermunicipais, como metrô, trens e barcas. As informações são do jornalista Victor Serra, do Diário do Rio.
O anúncio foi feito durante a cerimônia de assinatura do contrato entre o governo estadual e a nova empresa que administrará o serviço aquaviário. De acordo com o governador, até julho deste ano, tanto os modais estaduais quanto os municipais irão adotar o novo sistema de bilhetagem.
Em sua declaração, Cláudio Castro explicou que a integração foi atrasada devido a questões jurídicas e também revelou planos para um processo de licitação que substituirá o atual sistema de bilhetagem, o Riocard, que está em vigor há mais de 20 anos no estado.
“A prefeitura não enfrentou esse problema, por isso avançou mais rapidamente. Quero agradecer ao prefeito Eduardo Paes, pois esse adiamento foi fundamental. Até lá, nossa bilhetagem já estará licitada e a integração concluída. Em julho, teremos o sistema de bilhetagem funcionando de forma plena, com mais transparência no transporte, dados abertos e o verdadeiro custo do sistema”, afirmou Castro, em entrevista ao Diário do Rio.
Antes dessa decisão, os passageiros que utilizavam tanto o transporte municipal quanto o intermunicipal precisariam carregar dois cartões: o Jaé para ônibus, BRTs, VLTs, vans municipais e “cabritinhos”, e o Riocard para os modais intermunicipais (trem, metrô, barcas, etc.). Contudo, isso não será mais necessário.
A mudança definitiva nos transportes municipais, que estava prevista para 1º de fevereiro, foi adiada pela Prefeitura do Rio para o dia 1º de julho após uma resposta negativa dos cidadãos e empresários. Em coletiva de imprensa na última quarta-feira (8), Eduardo Paes justificou a decisão e alfinetou a empresa Riocard.
“Ontem, tomei a decisão de adiar a implementação porque, além de prejudicar os moradores da Região Metropolitana, fui procurado por uma empresa de São Paulo que está adquirindo o Jaé. Mas quem manda no sistema é a prefeitura, não os empresários de ônibus”, explicou o prefeito.