Dois episódios recentes em que passageiros do BRT carioca quebraram a socos a cabine do motorista com ameaças de agressão chamaram a atenção de autoridades do setor no Rio. Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, apesar de não ter havido agressão física aos motoristas em nenhum dos dois episódios, o pânico dentro do coletivo foi geral. Ele também destacou um dos casos, em que estilhaços do vidro da porta da cabine caíram sobre o condutor, o que poderia ter causado uma acidente grave.
“Recentemente tivemos um caso onde passageiros e motoristas ficaram reféns de marginais e milicianos na Avenida Brasil, causando enorme prejuízo, não só material, mas principalmente psicológico para os usuários e para os profissionais da categoria, demonstrando a total falta de planejamento e de organização do estado na segurança pública. Muito ainda precisa ser feito para devolver a tranquilidade aos usuários e profissionais da categoria”, afirmou Sebastião José.
Assaltos e agressões estão afastando motoristas da função
O representante disse ainda que os motoristas não suportam mais a insegurança que atinge a categoria diariamente.
“Já não bastasse o elevado número de assaltos nos coletivos, eles convivem agora com os sequestros dos ônibus por marginais para serem usados como barricadas nas comunidades que margeiam principalmente a Avenida Brasil”, reclamou José.
Nos últimos meses, o Sindicato registrou o aumento no número de motoristas que procuraram a direção do órgão para comunicar agressões sofridas e para solicitar a troca da linha em que operam ou ainda o afastamento da função de motorista.