Michel Misse, sociólogo e professor aposentado da Universidade Federal do Rio (UFRJ), morreu na manhã desta quinta-feira (14), aos 74 anos. Ele era um dos principais especialistas do país em violência, criminalidade e segurança pública.
Misse estava internado desde o fim de julho no Hospital Unimed Rio, na Barra da Tijuca, devido a um câncer no pulmão. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada.
Filho de imigrantes libaneses e nascido em Cachoeiro de Itapemirim (ES), Michel chegou ao Rio em 1967 para estudar. Em 1972, durante a Ditadura Militar, ainda aluno da UFRJ e militante do PCdoB, foi preso e torturado no Quartel do Exército da Barão de Mesquita, na Tijuca. Mais tarde, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).
Professor e apaixonado pelo carnaval
Professor e pesquisador, Misse foi um dos fundadores e coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU/UFRJ). Apaixonado pelo carnaval de rua, também criou o bloco Maracangalha, que neste ano realizou seu 24º desfile em Botafogo.
Michel deixa a companheira, a socióloga Joana Vargas, três filhos e dois netos. O velório será nesta sexta-feira (15), das 10h às 15h, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Centro do Rio, seguido de cremação em cerimônia restrita a familiares e amigos.