Se você pensou em tecnologia de ponta, drones de patrulhamento ou robôs antiterrorismo, pode parar por aí. A Polícia Militar (PM) resolveu investir pesado – e com muita elegância – em solípedes equinos. Traduzindo para o bom português: cavalos.
São 60 cavalos, com valor unitário de até R$ 48,9 mil, totalizando a bagatela de R$ 2,9 milhões. O edital, que soa como se fosse para a compra de espécimes místicos (Equus Caballus, solípede equino – parece até nome de feitiço de Harry Potter), é na verdade para reforçar a cavalaria da corporação.
Nos bastidores da disputa, fornecedores equinos devem estar escovando a crina, engraxando as ferraduras e preparando seus melhores galopes comerciais. Afinal, a concorrência é pelo menor preço por cavalo, ou melhor, por solípedes. Haja feno nessa licitação!
Nas redes, já tem gente brincando: “Com esse valor, espero que venha com curso de equitação, diploma militar e certificado de bons modos!”. Outros se perguntam se a PM já está planejando um remake de Cavaleiros do Apocalipse – versão carioca.
Brincadeiras à parte, o uso de cavalos na PM continua sendo uma tradição para ações de patrulhamento em grandes eventos, controle de multidões e até ações comunitárias. Mas convenhamos: chamar cavalo de solípede é como pedir um café expresso gourmet de origem controlada, quando tudo o que você queria era um pingado.
Seja como for, que venham os solípedes — trotando firme, fiscalmente empenhados e de crina ao vento!

Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA