O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Secretaria de Ordem Pública (Seop), a Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ) realizaram, nesta terça-feira (25), uma operação conjunta para demolir cerca de 20 construções irregulares erguidas em um loteamento clandestino nas imediações do Complexo Penitenciário de Bangu (Gericinó).
Os imóveis foram construídos sem autorização da prefeitura, a menos de 250 metros da unidade prisional, em uma área de segurança onde edificações são proibidas por lei. Em uma análise preliminar da Seop, realizada com avaliação externa, engenheiros da Prefeitura do Rio estimam um prejuízo de R$ 1 milhão aos responsáveis pelas construções irregulares. A área sofre influência do crime organizado.
A operação foi planejada a partir de um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ), que aponta que criminosos do Comando Vermelho vem instituindo bases de atuação no entorno do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, com o objetivo de tomar os bairros próximos para formar um cinturão ao redor das unidades prisionais, onde os principais chefes do grupo estão presos.
Essas áreas são utilizadas para práticas ilícitas, como arremesso de drogas e de celulares para dentro das prisões, e podem servir como instrumento para facilitar possíveis fugas. De acordo com o MP, as invasões de propriedade e construções clandestinas ao redor do complexo prisional, supostamente orquestradas por uma facção criminosa, facilitam fugas e a entrada de itens proibidos no Complexo de Gericinó.
Além das demolições das unidades não habitadas, a prefeitura notificará os imóveis já ocupados, cujos moradores serão assistidos pela Secretaria de Assistência Social.