Um grupo de seis pessoas foi flagrado, nesta quinta-feira (20), se passando por funcionários da Prefeitura do Rio. Os suspeitos estavam retirando paralelepípedos da Rua Silvério, em Cascadura, na Zona Norte, utilizando dois caminhões e uma retroescavadeira, ambos sem qualquer identificação oficial.
A ação foi descoberta por uma equipe de fiscalização da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, que verificou a ausência de documentos e autorizações necessárias para a execução do trabalho. Além disso, os suspeitos usavam uniformes semelhantes aos dos trabalhadores municipais.
Atividade é exclusiva da Secretaria de Conservação
De acordo com o secretário da pasta, Diego Vaz, o grupo alegou que estava retirando os paralelepípedos para, em seguida, asfaltar a rua. Contudo, essa atividade é exclusiva da Secretaria de Conservação.
“Por que essa empresa estava, supostamente, retirando paralelepípedos da rua e encaminhando-os para um galpão privado com a justificativa de que iria asfaltar a via depois, sendo que essa é uma tarefa exclusiva da Secretaria de Conservação? E mais: por que os funcionários usavam uniformes falsificados da prefeitura, sendo que a Secretaria de Obras foi extinta e substituída pela Secretaria de Infraestrutura?”, questionou Vaz.
Com a chegada das forças de segurança, parte dos envolvidos fugiu do local. A Guarda Municipal e a Polícia Militar foram acionadas e conduziram os seis suspeitos até a 29ª DP (Madureira), onde a ocorrência foi registrada.
O que diz a Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil informou que os homens foram ouvidos e disseram acreditar que estavam prestando um serviço legítimo. ” Após apreciação pela autoridade policial, foi instaurado inquérito para apurar os fatos e individualizar as condutas dos envolvidos”, finalizou.
Por fim, Vaz cobrou que a Polícia Civil investigasse as razões pelas quais os suspeitos estavam envolvidos em uma ação ilegal.
“Quais serão as sanções, não apenas aos trabalhadores que estavam executando uma atividade ilegal, mas também aos responsáveis pela empresa? Que isso seja investigado pela Polícia Civil, para que o caso seja esclarecido e elucidado, pois, no mínimo, é muito estranho, para não dizer outra coisa”, concluiu.