A Polícia Civil do Rio tornou sem efeito, no Diário Oficial desta quinta-feira (13), as demissões dos delegados Ricardo Hallak e José Januário de Freitas. Ambos haviam sido demitidos do serviço público.
Além de corrupção, lavagem de dinheiro e envolvimento com o bicho
Hallak, ex-chefe da Polícia Civil, foi preso em 2008 pela Polícia Federal, na Operação Segurança Pública S/A. Denunciado por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, foi condenado a cinco anos e nove meses de prisão por corrupção passiva. Em 2011, foi demitido. Doze anos depois, em novembro de 2023, morreu em consequência de um acidente vascular-cerebral, aos 66 anos.
José Januário de Freitas e mais dez policiais civis do estado foram demitidos em fevereiro de 2013, sob a acusação de envolvimento com o jogo do bicho e a máfia dos caça-níqueis. Eles foram alvos da Operação Furacão, articulada pela Polícia Federal em 2007 para combater um esquema de compra de sentenças e pagamentos de propina que favoreciam o funcionamento de casas de bingos no Rio. Agentes da PF encontraram pacotes de dinheiro com o nome dos policiais que receberiam a propina, escondidos numa parede falsa, numa das fortalezas dos banqueiros de bicho.
E o Beltrame, que se dizia honesto, teve que correr do governo Pezão quando começou a aparecer os sinais de enriquecimento.