O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), foi às redes sociais, na manhã desta sexta-feira (31), defender a grande operação policial que ocorre em pelo menos dez localidades do Complexo de Israel, como Vigário Geral, Cidade Alta, Cordovil, Brás de Pina e Parada de Lucas.
A postagem marca a mudança de tom do prefeito, que há dois dias publicou um texto no qual, com uma pitada de ironia, classificou como “inusitado” o fato de a Coligação dos Policiais Civis do Estado (Colpol) ter pedido que o município retirasse barricadas instaladas por bandidos no acesso à sua sede, na Taquara. O post de Paes foi duramente reprovado, especialmente por policiais.
Hoje, apesar dos elogios, o prefeito não quis dar sorte ao azar: fechou a postagem aos comentários para não ser ainda mais criticado.
Paes aplaudiu o cuidado em bloquear os transportes públicos
A operação provocou um grande tiroteio, e o 1° tenente Marcos José Oliveira de Amorim do 41°BPM (Irajá), baleado na cabeça, morreu. Para evitar que os passageiros corressem riscos, o transporte público na região foi bloqueado pela própria polícia. No vídeo, Paes minimizou os impactos e, se dirigindo diretamente à população, ressaltou a importância da operação.
“Não estou em condições de analisar se a operação tinha que ter mais ou menos inteligência, mas ela é uma operação importante e correta. A própria polícia bloqueou os ônibus, para não colocar a população em risco. E tem que fazer, é o correto”, disse.
Polícia repudiou a publicação da quarta-feira
Apenas dois dias antes, na quarta-feira (29), o prefeito foi às redes para narrar um fato que chamou de “inusitado”. Segundo ele, a Coligação dos Policiais Civis do Estado (Colpol) pediu que o município retirasse barricadas colocadas próximo à sua sede, na Taquara. Paes relatou surpresa ao receber o ofício da Colpol, já que questões relacionadas à segurança pública são obrigação justamente das forças policiais.
Em nota divulgada após o vídeo de Eduardo Paes, a Polícia Civil repudiou a exposição de uma questão de segurança pública que já vinha sendo tratada pela 32ª DP (Taquara). E afirmou que foi completamente deturpada e maldosa a forma como a situação foi exposta.