Neste dia 25 de janeiro, o maestro Antônio Carlos Jobim, mais conhecido por Tom Jobim, faria 98 anos. Vítima de uma parada cardíaca, morreu aos 67 anos de idade, em 1994.
Sendo um dos expoentes da bossa nova, Tom marcou definitivamente a música brasileira com composições que ganharam o mundo. Entre elas está “Garota de Ipanema”, que ganhou mais de 500 versões, em diferentes idiomas, sendo interpretada desde Madonna a Tim Maia e regravada inclusive pelo norte-americano Frank Sinatra, que considerava o maestro um gênio.
Também no dia 25 de janeiro é comemorado o Dia da Bossa Nova. A data foi sancionada pela Lei nº 11.926, de 17 de abril de 2009, e foi escolhida, justamente, como uma homenagem ao aniversário de Tom Jobim.
A bossa é coisa nossa
Considera-se que o termo bossa nova teria sido cunhado em 1957 pelo jornalista Moisés Fuks, em um concerto do Grupo Universitário Hebraico, para designar o movimento que estava começando a surgir no Rio. Já a palavra “bossa” surgiu pela 1ª vez na década de 1930 no samba São Coisas Nossas. Composto e interpretado pelo cantor Noel Rosa (1910-1937), o refrão diz: “o samba, a prontidão e outras bossas são nossas coisas, são coisas nossas”.
A bossa nova enquanto gênero musical, surgiu ainda na década de 1950, a partir de uma geração de jovens cariocas que queriam fazer música inspirados nas vivências do Rio de Janeiro daquela época. Idealizada, sobretudo, por Antônio Carlos Jobim, Vinícius de Moraes (1913-1980) e João Gilberto (1931-2019), a bossa nova trouxe uma adição ao samba carioca, com elementos do jazz norte-americano e composições com letras mais leves e contemplativas.
A música que marcou o começo da bossa nova é de autoria de Jobim e Vinícius de Moraes, na voz de Elizabeth Cardoso (1920-1990), além de contar com João Gilberto no violão. “Chega de Saudade”, de 1958, foi regravada posteriormente na voz de João Gilberto, ganhando ainda mais notoriedade. Na década de 1960, a bossa nova já havia conquistado o Brasil e o mundo.
Legado
De lá para cá, grandes sucessos fizeram a bossa nova ganhar ainda mais destaque no mundo inteiro. Além de Chega de Saudade e Garota de Ipanema, outras canções como Águas de Março, na voz de Elis Regina (1945-1982), Desafinado, O Barquinho, Eu Sei Que Vou Te Amar e Se Todos Fossem Iguais a Você são grandes exemplos da influência que o gênero possui.
O “fim” do gênero musical ocorreu a partir da segunda metade da década de 1960, dando início ao estilo que se rotularia como MPB. Um dos marcos dessa mudança foi a música Arrastão, cantada pela própria Elis no 1º Festival de Música Popular Brasileira, em 1965. A letra é de autoria de Vinícius de Moraes e Edu Lobo.
No entanto, mesmo após seu fim cronológico, a bossa nova deixou um legado que é lembrado até os dias atuais.