O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Centro-Sul Fluminense implodiu. O racha ficou escancarado na manhã desta sexta-feira (10), quando sete municípios se retiraram da reunião para eleger o novo presidente do colegiado, acusando Miguel Pereira de ter feito uma manobra para seguir no poder.
Até então, o agora ex-prefeito de Miguel Pereira, André Português (PL), que deixou o mandato no fim do ano passado, presidia o consórcio, formado 11 municípios. Na reunião desta sexta, seu sucessor no executivo, Pedro Paulo Quinzinho (PP), assumiu a liderança do coelgiado.
Ocorre que três municípios foram impedidos de votar sob alegação de inadimplência – Paraíba do Sul, que tinha o prefeito Júlio Canelinha (União) como candidato a presidente, São José do Vale do Rio Preto e Três Rios. Foi o estopim para escancarar o clima de insatisfação.
Em protesto, Cláudio Mannarino (União), prefeito de Comendador Levy Gasparian; Breninho (PRD), de Sapucaia; Zé Carlos do Mariano (MDB), de São José do Vale do Rio Preto; Guilherme Guido, secretário de Saúde de Três Rios, representando prefeito Joa (REP); Gutinho (PP), de Areal e Jorge Henrique (SDD), de Mendes, se retiraram do encontro.
Os sete municípios descontentes vão entrar na justiça pedindo a anulação da eleição. Cogitam até sair do consórcio atual e criar um novo. Eles alegam que a recondução de um representante Miguel Pereira à presidência fere a Lei Federal 11.107.
Segundo os mandatários, cada presidente só pode se reeleger uma vez para um mandato de dois anos, o que obriga a mudança na liderança a cada quatro anos. André Português, inclusive, teria ficado por oito à frente do consórcio.