O título da Libertadores, conquistado no último sábado (30), e a distância de apenas um ponto para confirmar o tri do Brasileirão, na última rodada da competição, neste domingo (8), não deixam dúvidas: é tempo de Botafogo. Com o momento mágico, o Rio está pintado de preto e branco e torcedores tomam as ruas, devidamente uniformizados.
O economista Vinícius Teixeira esteve em Buenos Aires para acompanhar a histórica vitória contra o Atlético Mineiro, por 3×1. Ele relatou os momentos de tensão no estádio Monumental. Retornando ao Rio na última quarta-feira (4), Vinícius estava no avião quando o alvinegro derrotou o Internacional e, por pouco, não celebrou mais um troféu em pleno ar.
“Estive na Argentina e sofri tudo aquilo. Eu estava no avião retornando quando acontecia o jogo [contra o Inter, quarta passada] e todo mundo tentando descobrir o resultado. Todo mundo comemorou dentro do avião, mas depois veio o gol do Palmeiras [contra o Cruzeiro] e adiou um pouquinho. Ser campeão é maravilhoso, mas comemorar em casa é ainda melhor”, afirmou.
O ‘pai’ John Textor
Figura querida do bairro que dá nome ao clube, Cícero Lourenço, o Palhinha, trabalha uniformizado e com sua banca de frutas caracterizada com as cores do clube e a estrela solitária, não importa a fase. Tendo visto muitas conquistas, mas também momentos complicados, não teve dúvidas ao definir o empresário John Textor, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) botafoguense, como um “pai”.
“Nasci botafoguense. Independente da situação do time, estou sempre vestido de Botafogo. o clube estava muito esquecido e essa SAF chegou para colocar o Botafogo em seu devido lugar. John Textor é um pai. Acho que o título da Libertadores nos tranquilizou. Falta um pontinho para o Brasileirão, mas vamos para a vitória”, relatou.
Fantasma de 2023
Em 2023, o Botafogo liderou o maior número de rodadas do Brasileirão, chegou a abrir mais de 10 pontos de vantagem para o segundo colocado, mas acabou perdendo o título. Por isso, o antropólogo João Pedro de Oliveira ainda custa a acreditar que a Libertadores veio e o nacional nunca esteve tão próximo.
“Ainda não consigo acreditar. Foi a narrativa perfeita, desde o ano passado até a expulsão do Gregore [contra o Atlético], para coroar uma copa heróica. Estou receoso para o Intercontinental, o time está cansado, mas acho que dá para chegar bem. Ano que vem, no Super Mundial, é preciso ficar mais ressabiado, vai pegar o Paris Saint-Germain e o Atlético de Madrid, o Textor precisa colocar mais dinheiro no time”, disse.
Para assegurar o título brasileiro, basta o Botafogo empatar com o São Paulo, no Nilton Santos. Em caso de derrota, precisa torcer para o Palmeiras não vencer o Fluminense — que luta contra o rebaixamento —, em São Paulo. Todos os jogos acontecerão simultaneamente no domingo, às 16h.