Cuidado com aqueles remédios que prometem emagrecimento milagroso. A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (27), a operação “Seca Máximo”, no Rio, Baixada e Região dos Lagos. O nome faz referência a um medicamento ilegal vendido sob a promessa de perda de peso.
Agentes da 19ª DP (Tijuca), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) e do Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) atuam na ação. O objetivo é cumprir 12 mandados de busca e apreensão. Pelo menos três pessoas foram presas.
Os agentes também apreenderam medicamentos, que não têm registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nem apresentam indicações de laboratório, lote, validade, bula ou qualquer traço de legitimidade. O material arrecado foi enviado à perícia.
Como a quadrilha atuava
Segundo as investigações, uma das mulheres, principal alvo da operação, se associou a outras cinco pessoas e estabeleceu uma rede de vendas ilegais, por meio de redes sociais, de um produto nomeado como “Seca Máximo”.
Os anúncios afirmavam que se tratava de produto 100% natural, fitoterápico, com o qual seria possível um emagrecimento “milagroso”, perdendo até 10 quilos em menos de duas semanas.
As investigações começaram após uma vítima informar ter adquirido o produto e, logo após o uso, passou a ter fortes efeitos colaterais, como tonturas, vômitos, tremores, sudorese e outros sintomas. Ela entregou a mercadoria na delegacia, que foi encaminhada para exame de perícia.
Laxante com inibidor de apetite
O laudo demonstrou que as substâncias contidas no produto seriam Sibutramina (inibidor de apetite que atua no sistema nervoso central) e Bisacodil (laxante).
A líder do grupo ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, demonstrava comportamento agressivo e chegava até a debochar de clientes. Outros integrantes da quadrilha foram identificados.
Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, venda de produto farmacêutico corrompido, associação criminosa, exposição a perigo da vida e crimes contra o consumidor.