O caos na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira (24), repercutiu entre os deputados durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alerj). Luiz Paulo (PSD) abriu o debate sobre o tema e destacou que se surpreendeu ao saber que a Polícia Militar teve de recuar em sua operação por conta do poderio bélico dos traficantes do “Complexo de Israel”.
“Diante dos absurdos que presenciamos na manhã de hoje, tem um que eu jamais tinha visto. Que a Polícia Militar ia se retirar do confronto devido ao potencial bélico dos bandidos do Complexo de Israel. Nunca vi fazer uma ação sem o devido conhecimento do que eles irão enfrentar do outro lado”, afirmou o parlamentar.
Em seguida, Márcio Gualberto (PL), presidente da Comissão de Segurança da Alerj, fez críticas à ADPF 635 do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringe as operações policiais no estado, e à legislação penal vigente. O deputado afirmou que estas são as principais razões para cenas como as que aconteceram nesta quinta. A fala foi endossada por colegas como Marcelo Dino (União) e Chico Machado (SDD).
“É preciso uma união de esforços. Cadeia não é colônia de férias. Que história é essa de saidinha? De progressão de regime? Vai esperar um drone lançar uma granada no TJ ou na Alerj? Enquanto o Brasil for o país da impunidade, a criminalidade vai continuar avançando. O Rio foi transformado em um grande laboratório e as cobaias desse experimento, os ratinhos, somos nós”, disse.
Comissão de Direitos Humanos acompanha caso
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj manifestou profunda preocupação com os desdobramentos da operação no Complexo de Israel, que resultou em pelo menos uma morte, cinco feridos e o fechamento de mais de dez escolas. A CDDHC informou que acompanha, desde cedo, os impactos operação que, segundo o colegiado, aconteceu “sem o devido planejamento, que afeta negativamente a população de diversas localidades”.
“Mais uma vez, a falta de planejamento em operações desse tipo traz consequências trágicas para a população. Estamos novamente diante de uma tragédia anunciada.”, declarou a deputada Dani Monteiro, presidente da comissão.
Precisam implementar novas tecnicas de combate por exemplo o que vem sendo usado na guerra na ucrania, drones kamikazes, drones de vigilancia, é preciso inovar ou copiar, estamos vivendo uma guerra sim, uma guerra civil.