Menos de um mês depois de lançar licitação estimada em R$ 71,4 milhões para concluir o Museu da Imagem e do Som, o governo do estado publicou um novo edital para contratar uma empresa para recuperar, especificamente, partes deterioradas pelo período de paralisação das obras.
Estimado em R$ 11,9 milhões, o certame visa “a complementação e refazimento das fachadas, elementos metálicos e vidros da nova sede do MIS”. O equipamento está em intervenções desde 2010.
De acordo com o Pacto-RJ, o investimento da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seiop) na conclusão das obras no “esqueleto” monumental na Praia de Copacabana já passa dos R$ 116,6 milhões. No entanto, o percentual de execução está em apenas 23%.
Passos lentos
Depois de seis anos de paralisação, em dezembro de 2021, o governador Cláudio Castro entregou à MPE Engenharia, empresa vencedora da licitação, um documento que autorizava o reinício das intervenções. A previsão de inauguração seria em dezembro de 2022.
No entanto, no início do ano passado, um relatório da empresa portuguesa Seveme, responsável por importar um material especial para compor o sistema de fachadas e esquadrias, revelou que haviam corrimãos enferrujados, vidros manchados por infiltrações ou quebrados por má conservação.
No último mês de março, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU) notificou o governador sobre o atraso na conclusão das instalações culturais. Em documento assinado pelo presidente Sydnei Menezes, a entidade citou o “corrente estado de abandono das obras”.