A Câmara Municipal de Queimados, na Baixada Fluminense, cassou, nesta quinta-feira (2), o mandato do vereador Elerson Leandro Alves (PMB) por quebra de decoro parlamentar. Ele foi cassado porque, durante uma sessão, referiu-se a um colega com a palavra “afanar”, o que foi entendido pelos demais como um sinônimo para “ladrão”. Elerson já havia sido afastado anteriormente da posição de presidente da Casa.
Pesa contra Elerson uma outra investigação, feita pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), por acumulação ilícita de cargo público, pois, além de presidir a Câmara, o vereador também recebia como servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) cedido à Assembleia do Rio (Alerj), onde estava lotado com os mesmos horários de trabalho de sua função em Queimados.
Ele possuía dois empregos e dois salários — que chegavam a quase R$ 40 mil — o que é ilegal para um presidente de Câmara Municipal. No setor onde o vereador supostamente deveria atuar na Alerj, nenhum funcionário o conhecia.
O parlamentar é investigado também por outras comissões: ele teria praticado nepotismo ao nomear, enquanto presidente da Câmara, a a sobrinha da esposa para o cargo de assessora parlamentar; e também por descumprir o prazo estabelecido pela lei para apresentação de emendas do orçamento de 2024.