Apartamentos, casas, sobrados e até prédios inteiros, abandonados. Mapeamento feito pelo vereador Flávio Valle (PSD), na Zona Sul, identificou 42 imóveis em 11 endereços nessa condição. A degradação é a parte mais visível do problema. No levantamento, o parlamentar também identificou que, somados, esses locais acumulam mais de R$ 18 milhões em pendências na Dívida Ativa do município.
“A gente precisa pensar a cidade como um organismo vivo. Esses imóveis estão parados, se degradando, e poderiam ser ocupados de forma inteligente, com moradia, comércio e equipamentos públicos. A ideia é garantir que a cidade funcione melhor, que os espaços tenham vida e propósito”, afirmou o vereador, que já foi subprefeito da região.
Paes recebe mapa de imóveis abandonados e diz que eles podem ir a leilão
Em vídeo postado nas redes sociais com o prefeito Eduardo Paes (PSD), Valle defendeu o mecanismo previsto no novo Plano Diretor, que é o leilão por hasta pública, para resolver o problema dos imóveis abandonados. “Ela (prefeitura) desapropria e, ao mesmo tempo, vende. Isso ajuda na segurança, na boa ocupação desses imóveis”. O dinheiro arrecadado, segundo ele, pode ser revertido em zeladoria, conservação e melhorias urbanas.
O instrumento é o mesmo defendido, recentemente, pelo presidente do Sindicato da Construção Civil do Rio (Sinduscon Rio), Claudio Hermolin, para resolver o problema dos esqueletos urbanos na Zona Sul carioca, uma das áreas mais valorizadas da cidade.
Para o prefeito, “não faz sentido, numa área valorizada da cidade como a Zona Sul – onde as construtoras querem construir mais – o sujeito ficar lá, sentado em cima de um prédio abandonado, virando polo de degradação urbana”. Paes ressaltou que, além da Zona Sul, “há outras áreas também” que podem sofrer intervenção pública.
Ele explicou que, pelo mecanismo de hasta pública, a prefeitura identifica, desapropria o imóvel e encontra alguém na iniciativa privada interessado no local, que paga pela desapropriação.

