A temida CPI da Transparência, já batizada de CPI do Fim do Mundo, foi oficialmente instalada na Assembleia Legislativa, no início da tarde desta terça-feira (14), com a eleição do trio conhecido como “tropa de choque” nas principais funções.
Autor do pedido de comissão para investigar a falta de transparência do governo do estado, Alan Lopes (PL) será o presidente. Filippe Poubel ficou na vice, e a relatoria com Rodrigo Amorim (União).
“Estamos diante de uma questão crucial que afeta o povo: a transparência. Relatórios da controladoria do estado apontam omissão das informações. O povo tem o direito de saber onde estão sendo gastos os recursos públicos”, iniciou Lopes.
Foi endossado por Poubel, que lembrou a atuação do trio na Comissão de Combate à Desordem Urbana: “Os nossos mandatos sempre foram pautados nas fiscalizações. Já passamos por máfias dos hospitais de campanha, OS, máfia do reboque. Se tentam enganar o parlamentar, imagina o cidadão comum com relação aos gastos”, disparou Poubel.
Os demais membros da CPI explosiva são Marcelo Dino (União), Thiago Rangel (PRTB), Yuri (PSOL) e Márcio Canela (União).
Apoio da base
A CPI, que começou fazendo barulho antes mesmo de começar, recebeu a assinatura de 54 deputados — entre eles, muitos integrantes da gigantesca base do governador Cláudio Castro (PL), que chegou a tentar barrar a investigação dos contratos com organizações sociais em algumas pastas do estado.
Sem querer correr riscos, a cúpula do governo tentou fazer com que os deputados da base retirassem as suas assinaturas — mas ficou a ver navios, já que o regimento interno da Assembleia não permite.
A CPI provocou até a sessão mais rápida da história da Alerj, em 30 de abril, quando Pedro Brazão encerrou a Ordem do Dia em segundos, só para evitar para evitar bate-boca e repercussão da comissão.