O secretário do Gabinete do Governador, Rodrigo Abel; o secretário de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, e o então secretário de Juventude e Envelhecimento Saudável Alexandre Isquierdo são os primeiros alvos da CPI da Transparência da Assembleia Legislativa (Alerj).
Na reunião de instalação, o colegiado aprovou que os primeiros ofícios com pedidos de informações sejam enviados às respectivas pastas. Os citados terão 30 dias para esclarecer o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) e da Transparência, contratos em sigilos no SEI, programas desenvolvidos, entre outros dados.
Batizada de CPI do Fim do Mundo, a comissão será comandada pelo trio conhecido como “tropa de choque”: Alan Lopes (PL) será o presidente, Filippe Poubel (PL) ficou na vice e a relatoria com Rodrigo Amorim (União).
Os demais membros são Marcelo Dino (União), Thiago Rangel (PRTB), Yuri (PSOL) e Márcio Canela (União).
Segundo Alan Lopes, os secretários, bem como representantes de ONGs e OSs que tenham contrato com o governo do estado, poderão ser convidados a prestar esclarecimentos presencialmente na Alerj.
Apoio da base
A CPI, que começou a fazer barulho antes mesmo de começar, recebeu assinaturas de 54 deputados — entre eles, muitos integrantes da gigantesca base do governador Cláudio Castro (PL), que chegou a tentar barrar a investigação dos contratos com organizações sociais em algumas pastas do estado.
Sem querer correr riscos, a cúpula do governo tentou fazer com que os deputados da base retirassem as suas assinaturas — mas ficou a ver navios, já que o regimento interno da Assembleia não permite.
A CPI provocou até a sessão mais rápida da história da Alerj, em 30 de abril, quando Pedro Brazão encerrou a Ordem do Dia em segundos, só para evitar para evitar bate-boca e repercussão da comissão.