A direção do Sindicato dos Rodoviários e representantes das empresas de ônibus vão assinar, nesta quarta-feira (25), o acordo que define o reajuste salarial dos cerca de 20 mil motoristas, mecânicos, fiscais e demais profissionais que fazem parte da categoria e que tem data base em junho. Ficou garantido reajuste de 6% e o pagamento dos 30 minutos do intervalo de almoço como hora extra, o que representa 2,79% do salário.
O acordo ainda prevê a cesta básica no valor de R$ 660 e a manutenção do passe livre dos rodoviários nos ônibus, acordo firmado há mais de 50 anos entre o sindicato e os empresários, que dá direito aos trabalhadores do setor de viajarem nos ônibus do Rio sem a necessidade de pagar a passagem. De acordo com Sebastião José, presidente da entidade, as negociações com os empresários chegaram ao limite.
“Não poderíamos colocar em risco tudo o que já havíamos conquistado até agora, que parece pouco mas não é. Foram 8,79% de reajuste salarial, ou seja, 3,23% acima da inflação. Claro que as condições de trabalho ainda estão muito longe do ideal, porém não podemos e nem vamos colocar em risco tudo o que o sindicato já conseguiu”, explicou o presidente.
Passe livre nos ônibus ainda gera preocupação aos rodoviários
Apesar de estar garantido no acordo assinado, o passe livre para os trabalhadores ainda preocupa a direção do sindicato, já que algumas empresas de transporte coletivo na cidade estão comunicando a seus funcionários que, após a implementação total do sistema de bilhetagem Jaé, eles terão 6% descontado de seus contracheques para custear o deslocamento até o trabalho, como acontece com profissionais de outras áreas.
“Essa questão da mudança da bilhetagem é de responsabilidade da prefeitura com os empresários, e os trabalhadores não podem ser penalizados com esse possível desconto. Isso é inegociável”, reforçou
Sebastião.