ATUALIZAÇÃO às 18h41, com a resposta do agora ex-presidente Nelson Rocha.
A executiva nacional do tucanato decidiu intervir no município do Rio para evitar um “golpe de estado”.
A minuta da artimanha começou a ser desenhada durante uma reunião entre o então presidente municipal do partido, Nelson Rocha, os ex-vereadores Aspásia Camargo e Alexandre Arraes e o ex-deputado Carlos Osório com ninguém menos que o prefeito Eduardo Paes (PSD).
Na mesa, o apoio dos tucanos à reeleição do alcaide.
Quando a executiva nacional, dominada pelo deputado federal Aécio Neves (MG), descobriu que os cariocas costeavam o alambrado, cabeças rolaram — a começar pela de Rocha. O moço foi substituído na presidência pelo empresário Sávio Neves, primo do mandachuva mineiro e gestor do Trem do Corcovado.
Como se sabe, Eduardo está com Lula e Aécio quer distância do presidente e do PT.
Nelson Rocha, porém, nega que tenha negociado o apoio a Paes. “Ao contrário, sempre fui defensor da candidatura própria. E todo o PSDB sabia disso”, protestou o agora ex-presidente, que está magoado com a postura do partido.
Ele escreveu uma carta ao presidente da comissão executiva provisória do PSDB, Marconi Perillo. No texto, manifesta a sua indignação com a forma que usaram para afastá-lo da presidência. Rocha sequer foi avisado — apesar de ter trabalhado arduamente, nos últimos tempos, pela recuperação do PSDB do Rio. Ele soube da sua destituição por uma publicação no site do partido.