Vira e mexe, as redes sociais viram palco para “tretas” entre cidades, sobre qual é a melhor em determinado aspecto. A da vez é protagonizada simplesmente pelas secretarias de Saúde do Rio de Janeiro e de Porto Alegre. O motivo: o topo do ranking do Indicador Sintético Final (ISF) do Ministério da Saúde.
Nesta semana, o Rio, orgulhoso, divulgou que assumiu a ponta entre todas as capitais do Brasil nos indicadores do serviço de Atenção Primária à Saúde (APS) no primeiro quadrimestre de 2025 do programa Previne Brasil do Ministério da Saúde. A nota final foi de 8,58.
O secretário Daniel Soranz fez questão de dar aquela moral para o chefe, Eduardo Paes (PSD), e repercutiu a novidade em seu Instagram. “Ficamos à frente de todas as capitais do país, com Porto Alegre e Manaus em 2º e 3º lugares, respectivamente”, reforçou.

Só que a turma gaúcha não gostou nada, foi até o post de Soranz e o perfil oficial da pasta da Saúde de Porto Alegre comentou contestando a liderança carioca. Ao que parece, Rio e Porto Alegre usaram fontes diferentes para o ranking. A primeira, utilizou dados do programa Previne Brasil, enquanto a segunda tirou como base a plataforma e-SUS APS Feedback.
“Só uma correção importante… Porto Alegre teve o maior ISF entre todas as capitais do Brasil, conforme dados oficiais do Ministério da Saúde. Segundo a plataforma e-SUS APS Feedback, que consolida os indicadores do programa Previne Brasil, Porto Alegre – 8,60 e Rio de Janeiro – 8,56”, rebateu o comentário.
Panos quentes na treta

Quem tratou de colocar panos quentes foi o subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Renato Cony. Ele elogiou a APS de Porto Alegre, explicou que o ranking divulgado pela Prefeitura do Rio seria o “oficial”, mas contemporizou: “a disputa pela ponta é boa e quem ganha é a população”.